quinta-feira, 16 de julho de 2015

Home Office: uma tendência que se impõe


Considerado uma tendência irreversível na era da globalização econômica, impulsionada pelo avanço tecnológico, a necessidade de reduzir custos com aluguel e infraestrutura de escritório e se libertar das dificuldades de locomoção nas grandes metrópoles, o home office se impõe na contemporaneidade.
O designer gráfico e professor Bento de Abreu, 57 anos, e a jornalista Adriana Martorano, 42, são dois exemplos de que o home office, ou “trabalho remoto”, é um modelo viável, funcional e produtivo, que favorece o bem-estar do profissional, concretizando um projeto de vida mais tranquila e feliz.
Conheça suas histórias:
Bento de Abreu
“Meu espaço de trabalho está integrado à sala do apartamento, sem divisões, a não ser o bom aproveitamento do espaço através da disposição do mobiliário que acomoda arquivos, livros e equipamentos como scanner e computador. Optei por trabalhar em casa pela praticidade de não ter que me deslocar para outro lugar e pela economia de despesas fixas com local específico. As principais vantagens são o conforto de estar em casa e não ter todas as despesas que envolvem o aluguel de imóvel comercial, como condomínio, telefone e internet. A nossa relação com o tempo e com os espaços se modificou muito nos últimos anos. Os recursos tecnológicos trouxeram uma praticidade que não existia na sociedade antes da era digital. Um profissional liberal pode estar num café, num restaurante ou num espaço cultural e agilizar tarefas profissionais através das plataformas digitais. Um ambiente estruturado especificamente para o trabalho já não é tão necessário. O home office é apenas mais um espaço da casa. Posso atender um cliente no escritório dele ou num café, restaurante ou outros lugares da cidade. Priorizo o tempo da manhã para encaminhar e resolver o máximo possível de tarefas no home office. Já o intervalo do almoço é aproveitado para solucionar questões na rua e atender clientes. O turno da tarde serve para finalizar o que foi encaminhado pela manhã e organizar a agenda do dia seguinte.”
Adriana Martorano
“Tenho em casa um ambiente específico para o escritório, equipado com a infraestrutura necessária: computadores (um pc e um notebook), internet banda larga, wi-fi e telefone. Montei minha empresa, Adriana Martorano Comunicação, em 2007. Sem recursos na época, mas com toda a estrutura em casa, resolvi investir num home office. Levei quase um ano para me adaptar, mas hoje não troco essa rotina por nenhuma outra. Tenho uma assistente e marco algumas reuniões em casa, num ambiente descontraído e confortável. Não perco tempo nem tenho gastos com deslocamentos, salvo quando vou a uma reunião fora ou atendo algum cliente. Posso fazer meus próprios horários e organizar a vida de forma a incluir compromissos pessoais no meio da agenda de trabalho. Posso almoçar em casa, o que também diminui os custos e é bom para a saúde. O horário de trabalho não é fixo para quem atua em casa. Se não tiver disciplina, é provável que esse horário se estenda demais e a pessoa passa a trabalhar em demasia, esquecendo de parar para se alimentar e para o lazer. Sinto falta de estar em uma equipe para ter com quem trocar ideias, encontrar soluções conjuntas e dividir tarefas. Tento estabelecer horários e dividir o tempo entre meus afazeres pessoais e os da empresa. Procuro concentrar os compromissos profissionais entre as 13h e às 19h, deixando o tempo que sobra para os afazeres domésticos e tarefas pessoais.”

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